sábado, 26 de novembro de 2011

Ainda é primavera e eu voltei...

Era primavera...que época mais linda do ano para a chegada de um bebê; de uma estrelinha; um anjinho, um principezinho...Seu nome: Heitor. Sua chegada: 08 de Setembro as 12:15h. quando encheu nossa vida de alegria. Desde julho estava distante do blog envolvida apenas com os preparativos para sua chegada, eu só emoção, curtia cada momento afinal de contas era um momento de cumplicidade entre eu e meu bebê pois logo iria dividi-lo com o mundo lá fora...papai, irmãos, vovó; vovô; amigos, enfim todos ansiosos a espera deste presente de Deus!


 E tudo ocorreu da forma mais tranquila, uma gestação bacana e o parto também. Nossas vidas mudaram e eu também mudei. Não sei que rumo o blog irá tomar, o tempo agora mais escasso, envolvida nos afazeres da casa e do pequeno. São tantas coisas pra contar, sentimentos, um conta gotas de alegrias com cheirinho de açúcar com afeto. Eu voltei, pois adoro escrever e preciso colocar tudo pra fora, ainda não sei de que forma mas o tempo dirá.Um abraço a todos com grande carinho.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amigo, Um Ensaio

Hoje se comemora o Dia do Amigo, deixo aqui pequena homenagem a todos os amigos que acompanham o blog e também aos que estão dia a dia comigo nesta caminhada. Trata-se de um texto de Marcelo Batalha, escrito em 1966, mas tão atual para os dias de hoje.




Amigo, Um Ensaio
Difícil querer definir amigo. Amigo é quem te dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que você precisa, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que te faz falta.

Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas. É quem tentou e fez, e não tem o egoísmo de não querer compartilhar o que aprendeu.

É aquele que cede e não espera retorno, porque sabe que o ato de compartilhar um instante qualquer contigo já o realimenta, satisfaz. É quem já sentiu ou um dia vai sentir o mesmo que você. É a compreensão para o seu cansaço e a insatisfação para a sua reticência.

É aquele que entende seu desejo de voar, de sumir devagar, a angústia pela compreensão dos acontecimentos, a sede pelo "por vir". É ao mesmo tempo espelho que te reflete, e óleo derramado sobre suas águas agitadas. É quem fica enfurecido por enxergar seu erro, querer tanto o seu bem e saber que a perfeição é utopia. É o sol que seca suas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais seu sorriso.

Amigo é aquele que toca na sua ferida numa mesa de chopp, acompanha suas vitórias, faz piada amenizando problemas. É quem tem medo, dor, náusea, cólica, gozo, igualzinho a você. É quem sabe que viver é ter história pra contar. É quem sorri pra você sem motivo aparente, é quem sofre com seu sofrimento, é o padrinho filosófico dos seus filhos. É o achar daquilo que você nem sabia que buscava.

Amigo é aquele que te lê em cartas esperadas, ou não, pequenos bilhetes em sala de aula, mensagens eletrônicas emocionadas. É aquele que te ouve ao telefone mesmo quando a ligação é caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se tivesse olhando em seus olhos. Amigo é multimídia. Olhos...

Amigo é quem fala e ouve com o olhar, o seu e o dele em sintonia telepática. É aquele que percebe em seus olhos seus desejos, seus disfarces, alegria, medo. É aquele que aguarda pacientemente e se entusiasma quando vê surgir aquele tão esperado brilho no seu olhar, e é quem tem uma palavra sob medida quando estes mesmos olhos estão amplificando tristeza interior. É lua nova, é a estrela mais brilhante, é luz que se renova a cada instante, com múltiplas e inesperadas cores que cabem todas na sua íris.

Amigo é aquele que te diz "eu te amo" sem qualquer medo de má interpretação: amigo é quem te ama "e ponto". É verdade e razão, sonho e sentimento. Amigo é pra sempre, mesmo que o sempre não exista.

Marcelo Batalha.

Dia do Amigo
Criado há 40 anos pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro, em comemoração à chegada do homem à lua e a possibilidade de novos contatos, o Dia do Amigo - 20 de julho - tem ganho a cada ano novos adeptos para celebrá-lo. Não só pela proliferação das redes virtuais, que possibilita ter vários amigos sem nunca tê-los visto, mas também pela conseqüente necessidade de estar próximo de quem realmente nos conhece e gosta da gente como a gente é. Até uma famosa marca de cerveja aproveitou a data esse ano para ancorar sua nova campanha publicitária.

domingo, 12 de junho de 2011

Eduardo e Mônica - o filme

Apesar das críticas feitas a Operadora de Telefonia Celular Vivo devido ao "apelo" comercial ( Renato Russo deve estar se revirando no caixão...) e pelo fato do possível plágio, uma vez que a também Operadora Claro já havia feito uma propaganda com a mesma música e tema há uns 10 anos atrás mais ou menos (Cique aqui pra ver o clipe), na minha opinião este é o melhor comercial sobre o Dia dos Namorados. Muitas pessoas se identificarão com o casal mais cantado nos últimos 25 anos e que nunca saiu de moda, eu mesma me acho uma mistura dos dois personagens do Renato. Bom a conversa está boa mas encerro desejando um Feliz Dia dos Namorados ( que romântico...) Pra quem tem e pra quem não tem...Pare de andar distraído, pelo menos no dia de hoje... Quem sabe você não encontra a sua tampa de panela na padaria? Beijos e Boa Sorte a todos os Eduardos e Mônicas de plantão.


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia Branco

Essa música é maravilhosa.  Deve ter sido composta num momento de grande inspiração e nos aquece o coração nesses dias frios e cinzentos. Aos românticos de plantão um convite ao amor.
Se vc ama ou está apaixonado, não espere por uma data para expressar seus sentimentos...Hoje é o dia pra se feliz!
(Nara)
Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...

Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...

Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...

Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Oh! oh! oh...

Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...

Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair

Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...

E nesse dia branco
Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor...

Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo

Comigo, comigo.

 

Composição : Geraldo Azevedo/ Renato Rocha

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Escolho meus amigos pela pupila



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde


Fonte:
Provocações – TV Cultura
http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/






quarta-feira, 27 de abril de 2011

Família Feliz

Sabe, aquele adesivinho de família feliz que virou uma febre, o qual quase todo mundo está colocando no carro? Eu particularmente não gosto muito.  Neste caso a família é virtual e vc pode customizar da forma que achar melhor e fica bem fofinho. Aí é só colocar no seu blog ou página pessoal. Fiz um teste e criei um da minha família, embora cada um more num canto acho que é uma forma bem carinhosa de homenagear nossos entes queridos. É só acessar o site abaixo e mãos a obra! beijinhos a todos.

http://www.widdlytinks.com/myfamily/stick/



My Stick Family from WiddlyTinks.com

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O amor, em alguns toques...


"Com o seu pai eu tinha aquela sensação de alívio de quando a gente encontra um amor de verdade. Um dia você vai saber o que é isso." (Cris Guerra)


Existem milhares de blogs por aí, mas tem pessoas que realmente tem o dom de escrever e tocar a gente de alguma forma e neste caso é um texto maravilhoso da blogueira, escritora e publicitária Cris Guerra, que teve uma história triste em sua vida, mas um exemplo de superação. Perdeu o marido quando estava grávida de Francisco e aí surgiu o blog Para Francisco em 2007, que virou livro em 2008 e vendeu 6 mil exemplares em 3 meses. Pouco tempo depois, criou o  Hoje vou assim, onde mostra suas produções diárias para o trabalho.




O AMOR, EM ALGUNS TOQUES

Tive um vizinho que discutia com a namorada três vezes por semana. Eu ouvia tudo. Não por opção: morava no apartamento de baixo. Aquilo era amor ao choro e à reconciliação. Mas não um ao outro.
Difícil saber o que é amor. Mais fácil saber o que não é.
Um namorado citou Guimarães Rosa: amor é 'descanso na loucura'.
Com ele vivi mais a loucura do que o descanso, mas o aprendizado tem que começar por algum ponto. O vizinho devia estar nesse estágio. Com o tempo vi que ele tinha razão. O namorado, não o vizinho.
Amor é mesmo aquela sensação de voltar para casa.
Adormecer lado a lado é a grande prova. No dia seguinte, acordar e sentir que está levando alguém com você. Descobrir um sorriso ridículo no canto da boca. Pronto, encaixou. Feito pecinhas de Lego: diferentes, mas vindas do mesmo mundo
Lego é gostoso. Quebra-cabeça não.
Amor não é desejo: é feito de. Amor é feito de amor, mas não só.
Amor não tem razão. Ninguém ama pelas qualidades do outro, nem apesar dos seus defeitos. Ama porque o outro é o outro e pronto.
Amor é pacote completo.
Você sabe que é amor quando se descobre cúmplice. Quando tem a coragem de se mostrar. E de se ver. O outro é um espelho. Vai encarar?
Você sabe que é amor quando se entrega. Mas é melhor guardar algo para si mesmo. Amor não pode ser só para o outro.
Amor é um exercício do não ter. Amar e não ter nada em troca. Porque se é amor, não é em troca. Amor não serve para nada, não garante nada. Como as coisas boas da vida.
Amor é presença e é falta. Uma não vive sem a outra. Amor é liberdade. Gostoso é saber que o outro, com tantas opções, escolheu você mais uma vez. O que fazer para que amanhã ele faça a mesma escolha? Mantenha-se distraído.
Amor é feito de hoje. Da arte de não fazer tudo sempre igual. Da construção. Como revestir parede com aquelas pastilhas bem pequenas. No amor é preciso colocar uma por uma. Sem pressa de ver pronto. Para mim, é esse o sentido de amar como se não houvesse amanhã. Menos voraz do que sugere.
Mas posso estar errada. Sou amadora. Amei paredes inteiras. Quanto mais aprendo, menos sei. Gosto do aprender.
Uma convicção: amor é delicadeza. Eu sempre quis falar isso para o vizinho...

 (Cristiana Guerra)





segunda-feira, 11 de abril de 2011

Tartaruga



Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara...
(Paciência – Lenine)

Sabe aqueles dias que você acorda, querendo não acordar? Levanta querendo não levantar? Pois é e olha que não é porque é segunda-feira não... Enrolei pra tudo... Tomar café, tomar banho e ainda tinha que deixar um arroz pronto pro meu filho. Resolvi ir até a estação a pé ouvindo música pelo celular e esse trajeto se alongou viu... Nossa como eu andei devagar...Parecia uma tartaruga daquelas bem grandes com uns quatrocentos anos se arrastando pela praia... Eu sabia que estava atrasada, mas algo não deixava eu acelerar e foi assim que cheguei ao meu destino, quase em transe. Sei lá o que aconteceu, só sei que de vez em quando é bom andar devagar sem se preocupar com a hora, com os compromissos, mesmo sabendo que corro o risco de me dar mal qualquer hora dessas por ser um pouquinho irresponsável. Mas sei lá a vida é um fio de prata ligada a algum lugar que ainda desconheço e vai chegar uma hora que esse fio se quebrará e tudo aquilo que é tão importante irá se desfazer num instante. Enquanto isso vou vivendo o hoje lembrando, aliás que está um dia lindo e vou terminando agradecendo ao Universo por receber os raios do sol na minha pele. Obrigada, Obrigada, Obrigada!

Viva a alegria
E viva o prazer
De estar gostando de viver
Viva a maravilha
Que somos eu e tu
E viva o rabo do tatu
Viva (Kledir Ramil) – Kleiton e Kledir


sábado, 12 de março de 2011

O que o vento não levou...


No fim tu hás de ver que

as coisas mais leves são as únicas

que o vento não conseguiu levar:


um estribilho antigo,

um carinho no momento preciso,

o folhear de um livro de poemas,

o cheiro que tinha um dia

o próprio vento...


Mário Quintana






Música e vídeo de F.C.Perini
New Age Music
http://www.fcperini.com/

sexta-feira, 4 de março de 2011

O fato se dissolve...


Sempre que leio ou vejo alguma coisa interessante, bonita, enfim... fico pensando em repassar, compartilhar, pois imagino que possa somar de forma positiva à vida das pessoas que visitam este blog e assim vou repartindo o que recebo de bom da vida.

Foi então que dia desses revi o discurso de posse da Presidenta Dilma e algumas frases escolhidas que são de autoria do grande romancista Guimarães Rosa. Foi um personagem dele, o Riobaldo de Grandes Sertões: Veredas que diz:

"O fato se dissolve. As lembranças são outras distâncias. Eram coisas que paravam já, à beira de um grande sono. A gente cresce sempre, sem saber para onde."

"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."

"O senhor sabe o que silêncio é? É a gente mesmo, demais. Vivendo se aprende, mais, é só a fazer outras maiores perguntas. A gente sabe mais, de um homem, é o que ele esconde. A gente só sabe bem aquilo que não entende. Amor é a gente querendo achar o que é da gente."

"Queria entender do medo e da coragem, e da gã que empurra a gente para fazer tantos atos, dar corpo ao suceder. O que induz a gente para más ações estranhas, é que a gente está pertinho do que é nosso, por direito, e não sabe, não sabe, não sabe!"

"Hê, de medo, coração bate solto no peito; mas de alegria ele bate inteiro e duro, que até dói, rompe para adiante na parede."

João Guimarães Rosa
(Grande Sertão: Veredas)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Uma bênção na minha vida

Esta foto foi tirada num final de tarde muito especial da minha vida. Eu havia feito meditação ativa através de contemplação e pedi a Deus proteção pois sabia que nesse mesmo dia teria a reposta para as minhas angústias. Se observarmos bem a imagem, aparece um coração no céu.  Foi realmente um momento mágico. Na mesma noite passei em consulta médica e me foi dada a notícia que estou grávida, hoje com 9 semanas. Estou feliz e acredito que é uma benção a qual devo agradecer todos os dias que virão daqui pra frente.

 

Resolvi abrir o livro Maktub na página 42 e saiu esse texto que tem tudo a ver com o momento que estou vivendo.

 

''Viva todas as graças que Deus te deu hoje. A graça não pode ser economizada. Não existe um banco onde depositamos as graças recebidas, para utilizá-las de acordo com a nossa vontade.  Se você não usufruir estas bênçãos, irá perdê-las irremediavelmente.
Deus sabe que somos artistas da vida.  Um dia nos dá fôrmas para esculturas, outro dia nos dá pincéis e tela, ou uma pena para escrever. Mas jamais conseguiremos usar fôrmas em telas, ou penas em esculturas.
 A cada dia, o seu milagre. Aceite as bênçãos, trabalhe, e crie suas pequenas obras de arte hoje.
Amanhã você receberá mais''

Paulo Coelho

sábado, 29 de janeiro de 2011

Pôr do Sol


"Tem sempre um pôr-do-sol

esperando para ser visto,

uma árvore,um pássaro,

um rio, uma nuvem...

Imagine.

Invente.

Sonhe.

Voe."


Caio Fernando Abreu



sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A Raposa e o Príncipe


Trecho do livro "O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupèry


E foi então que apareceu a raposa:

__Bom dia, disse a raposa.

__Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada. Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...

__Quem és tu?Perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...

__Sou uma raposa, disse a raposa.

__Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...

__Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.

__Ah! Desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:

__Que quer dizer "cativar"?

__Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?

__Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?

__Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?

__Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?

__É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços...".

__Criar laços?

__Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...

__Começo a compreender, disse o principezinho... Existe uma flor. eu creio que ela me cativou...

__É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...

__Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho. A raposa pareceu intrigada:

__Num outro planeta?

__Sim.

__Há caçadores nesse planeta?

__Não.

__Que bom. E galinhas?

__Também não.
__Nada é perfeito, suspirou a raposa. Mas a raposa voltou à sua idéia:__Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:

__Por favor... Cativa-me! Disse ela.

__Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.

__A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!

__Que é preciso fazer? Perguntou o principezinho.

__É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei para o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentará mais perto...

No dia seguinte o principezinho voltou.

__Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais à hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
E assim são as pessoas que passam por nossa vida, algumas nos cativam de tal forma que se tornam florzinhas no nosso jardim, o qual precisa ser sempre regado com afeto, compreensão, tolerância e carinho.

Embora já tivesse lido o livro, recebi o texto através de e-mail de uma pessoa que me cativou  como a história da raposa.

Saudações fraternas

Nara


Fonte:

A tradução brasileira é de Dom Marcos Barbosa.



Uma casa cheia de livros é como um jardim cheio de flores.




segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pequenos Fragmentos da Vida de Beethoven

Interessante como os pensamentos brotam e nascem como flores do campo em nossas cabeças...

Após assistir o filme O Nosso Lar fiquei impressionada com a trilha sonora, mas uma música ficou latejando por muito tempo na minha cabeça. Já conhecia a melodia e fiquei em dúvida quanto à autoria. Acabei mergulhando sem querer na biografia de Ludwig Van Beethoven, sim é dele a autoria da melancólica Moonlight Sonata, mais conhecida como Sonata ao Luar.

São tantos os fatos e histórias que envolvem a vida de Beethoven, os quais renderam filmes e livros. Mas o que mais me chamou a atenção foi justamente como se deu a composição dessa, que foi uma das mais belas sinfonias de todos os tempos.

Quantas vezes em momentos de dificuldade e dor, pensamentos negativos tomam conta de nossa alma, sentimentos de tristeza, incompreensão, dúvidas, e a falta de fé nos assalta deixando que a palavra esperança perca totalmente seu significado.

...Beethoven vivia um desses dias tristes, sem brilho e sem luz. Estava muito abatido pelo falecimento de um príncipe da Alemanha, que era como um pai para ele.

O jovem compositor sofria de grande carência afetiva. O pai era alcoólatra e o agredia fisicamente, o mesmo faleceu na rua, por causa do alcoolismo. Sua mãe morreu muito jovem e seus irmãos nunca o ajudaram em nada, e, somando a tudo isto, o fato de sua doença agravar-se. Sintomas de surdez começavam a perturbá-lo, ao ponto de deixá-lo nervoso e irritado.

Beethoven somente podia escutar usando uma espécie de trombone acústico no ouvido. Ele carregava sempre consigo uma tábua ou um caderno, para que as pessoas escrevessem suas idéias e pudessem se comunicar, mas elas não tinham paciência para isto, nem para ler seus lábios.

Notando que ninguém o entendia, nem o queriam ajudar, Bethoven se retraiu e se isolou. Por isso conquistou a fama de misantropo (do grego: misánthropos = mis (miséo),odeio + ánthropos, aquele que tem ódio à sociedade, que evita a convivência.)

Foi por todas essas razões, que o compositor caiu em profunda depressão. Chegou a redigir um testamento, dizendo que iria se suicidar.

Mas como nenhum filho de Deus está esquecido, vem a ajuda espiritual, através de uma moça cega, que morava na mesma pensão pobre, para onde Beethoven havia se mudado e lhe fala quase gritando: -"Eu daria tudo para enxergar uma Noite de Luar".  Ao ouvi-la, Beethoven se emociona até as lágrimas. Afinal, ele podia ver! Ele podia escrever sua arte nas pautas!

A vontade de viver volta-lhe renovada e ele compõe uma das músicas mais belas da humanidade: "Sonata ao Luar" No seu tema, a melodia imita os passos vagarosos de algumas pessoas, possivelmente, os dele e os dos outros, que levavam o caixão mortuário do príncipe, seu protetor.

Olhando para o céu prateado de luar, e lembrando a moça cega, como a perguntar o porquê da morte daquele mecenas tão querido, ele se deixa mergulhar num momento de profunda meditação transcendental.

Alguns estudiosos de música dizem que as três notas que se repetem, insistentemente, no tema principal do 1º movimento da Sonata, são as três sílabas da palavra "why"? ou outra palavra sinônima, em alemão.


(fundo musical do vídeo por Dilermando Reis)

Anos depois de ter superado o sofrimento, viria o incomparável Hino à Alegria, da 9ª sinfonia, que coroa a missão desse notável compositor, já totalmente surdo. Hino à Alegria expressa a sua gratidão à vida e a Deus, por não haver se suicidado.

Tudo graças àquela moça cega, que lhe inspirou o desejo de traduzir, em notas musicais, uma noite de luar...

Usando sua sensibilidade, Beethoven retratou, através da melodia, a beleza de uma noite banhada pelas claridades da lua, para alguém que não podia ver com os olhos físicos.

Assim era Beethoven, um gênio, um dom, uma sabedoria, mas também um apaixonado, conforme você vai constatar por uma das cartas que escreveu à sua Amada Imortal. Uma carta que é um verdadeiro poema, uma sinfonia feita em prosa, uma luz que ilumina os corações. Um mistério que não foi desvendado, muitas teorias levantadas por historiadores e biógrafos quanto a revelação de quem seria aquela que nunca recebeu as cartas, pois as mesmas foram encontradas junto aos seu testamento.

(Pequeno fragmento do filme Minha Amada Imortal de 1994)

Manhã de 6 de julho

Meu anjo, meu tudo, meu eu... Por que esta profunda tristeza quando é a necessidade quem fala? Pode consistir nosso amor em outra coisa que em sacrifícios, em exigências de tudo e nada? Esqueceu de que você não é inteiramente minha e de que eu não sou inteiramente seu? Oh, Deus!

Contempla a maravilhosa natureza e tranqüiliza seu ânimo na certeza do inevitável. O amor exige tudo e com pleno direito: eu para com você e você para comigo. No entanto, duvida tão facilmente que eu tenho que viver para mim e para você. Se estivéssemos completamente unidos, nem você nem eu estaríamos nos sentindo tão desolados. Minha viagem foi horrível...

Alegre-se, você é o meu mais fiel e único tesouro, meu tudo como eu para você. No mais, que aconteça o que tenha que acontecer e deva acontecer; os deuses saberão o que fazer...

Tarde de segunda-feira. Você sofre. Ah! onde estou, também ali está você comigo. Tudo farei para que possamos viver um ao lado do outro. Que vida!!! Assim!!! Sem você... perseguido pela bondade de algumas pessoas, que não quero receber porque não as mereço. Me dói a humildade do homem diante do homem. E quando me acho em sintonia com o Universo, o que sou e quem é aquele a quem chamam o Todo Poderoso? E sem dúvida... aí então aparece de novo o divino do homem. Choro ao pensar que provavelmente não receberá minha primeira carta antes de sábado. Tanto como você me ama, muito mais a amo!... Boa noite! Devo ir dormir. Oh, Deus! Tão perto! Tão longe! Não é nosso amor uma verdadeira morada do céu? E tão sólido como as muralhas do céu?!

Ludwig Van Beethoven



domingo, 16 de janeiro de 2011

Renascimento e Regeneração



Nestes últimos dias, angustiada e inquieta em meus pensamentos, resolvi procurar respostas para algumas dúvidas, no sentido de melhor entender o porquê ocorrem tantas tragédias coletivas de tamanha importância. São muitas as informações, mas pouco se fala sob o ponto de vista espiritual. O que estará acontecendo nos bastidores do mundo espiritual para que se permitam situações as quais trazem tanto sofrimento e dor. Na minha procura encontrei um artigo na Revista Cristã de Espiritismo muito esclarecedor o qual nos elucida melhor diante da situação. Gostaria de compartilhar o texto, pois veio de encontro às minhas indagações.

O texto é um pouco longo, sendo assim, segue abaixo último parágrafo e o link,o qual vale muito a pena a leitura.

...Como podemos perceber, a doutrina espírita não prega o fatalismo e nem o conformismo cego diante das tragédias da vida, até mesmo das chamadas tragédias coletivas. O que o espiritismo ensina é que a lei é uma só: para cada ação que praticamos colheremos a reação. Diante da natureza, enquanto o homem não cuidar do planeta com o devido respeito, receberá cada vez mais os choques violentos como resposta. Nos casos em que a causa independe da ação do homem, ainda assim, o espiritismo nos ensina que não existem vítimas ao acaso. Tudo obedece a um plano perfeitamente harmônico e quando as causas do sofrimento não podem ser atribuídas nesta encarnação, é porque sua origem se perde na noite dos tempos...

A maior lição que a doutrina nos ensina é: fora da caridade não há salvação! Estender nossos braços e amparar os necessitados é a missão sublime de todos os espíritas.
Escrito por Victor Rebelo


Tragédias Coletivas

ou


http://www.rcespiritismo.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=255&Itemid=25










terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Bolinho de Chuva Para Dias de Chuva ou Não.


Estou de férias em casa e não para de chover...O que fazer? Assistir sessão da Tarde, até aí tudo bem... Pipocas? acho que não... enjoei.

Me lembrei  que dia desses vi no blog da Vanessa da Mata uma receitinha de "Bolinho de Chuva" para dias de chuva. É a carinha dela mesmo essa receita, coincidência ou não, seu último show tem o nome de Bicicletas, Bolos e outras Alegrias.

Analisando e verificando os fatos porque não ? Com chuva ou sem chuva vou fazer ao pé da letra, inclusive um cafezinho para acompanhar.

Vamos à receitinha que é bem simples.

Bolinho de chuva

2 ovos

4 colheres açúcar

6 colheres de farinha de trigo

3 colheres de maisena

1 pacote de queijo ralado

1 colher pequena de fermento em pó

Óleo para fritar

Modo de fazer

Misture os ingredientes (ovo, farinha, maisena, queijo, fermento, açúcar) e faça os bolinhos. Coloque o óleo até para dar altura do bolinho na panela. Deixe esquentar o óleo e frite. Misture com açúcar com canela no bolinho já frito!

“Depois dele pronto, coloque doce de leite dentro. Aí é fechar os olhos, sentir alegria e os quilinhos crescendo! Dilícia!”

fonte:
http://www.vanessadamata.com.br/artigo-blog/receita-para-dia-de-chuva

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Chuva de Verão


Sabe aqueles dias em que o calor parece que pega a gente pela garganta? Aqueles dias tão quentes, mas tão quentes que até a mais simples das atividades parece um suplicio? Você sabe, nesses dias, invariavelmente, os termômetros oficiais acusam máxima de 31º ou 32º, mas a sensação da gente é que a temperatura está uns 45º. Daí, qualquer objeto que esteja à mão, seja um jornal, uma pasta ou até uma tampa de panela, acaba virando um abano e você se pergunta se não é o caso de pedir um lanche e comer na mesa do escritório, melhor que encarar o sol do meio-dia...

Então, lá mais para o final da tarde (o horário é sempre este, final da tarde) começam a aparecer umas nuvenzinhas tímidas lá no céu.  No começo é só uma nuvem aqui, outra lá longe e brancas, lindas, de aparência completamente inofensiva. De repente, sem que você se dê conta, as nuvens se multiplicam, o branco se pinta de cinza escuro e os raios começam a pipocar no céu. E como é rápido este processo, nem 20 minutos atrás você olhou para o céu e se perguntou se esse calor ia durar para sempre...A chuva quando vem, não vem de mansinho não, chega com tudo, o maior aguaceiro. Parece que é chuva para lavar o mundo e, junto com ele, as nossas almas. O alívio que vem com ela é quase instantâneo, a temperatura parece que baixa uns 10º, bate um ventinho úmido, acaba aquela sensação de que respirar é um ato de heroísmo, já que o peito da gente parece que estava pesando uns 200 Kg.

Agora, se você quer saber se é uma chuva de verão, é fácil, basta olhar no relógio: se 15 minutos depois de iniciada a chuva, começarem a surgir os primeiros raios de sol, daí é batata, é mesmo uma chuva de verão. Nem faz diferença se a chuva não houver parado, pelo contrário, uma das características da chuva de verão é continuar caindo quando o sol já voltou. “Chuva e sol, casamento de espanhol; sol e chuva casamento de viúva”.

Como é gostosa uma boa chuva de verão e como é cada vez mais rara. Sei lá, acho que deve ser por causa do aquecimento global, sei que agora às vezes passa um verão inteiro sem que caia uma chuva de verão daquelas de verdade, daquelas que impressionam todos os sentidos da gente: mexem com nosso tato quando, como crianças, deixamo-nos refrescar pelos grossos pingos caindo em nossas costas, afetam nosso olfato devido ao cheiro de terra e mato molhados (e, veja você, o cheiro de terra e mato molhados pela chuva de verão é diferente do cheiro de terra e mato molhados pela chuva comum); atingem nossa audição com o barulho dos trovões e dos pingos caindo sobre as coberturas de metal, isso quando não vem acompanhada do granizo, outro sub-produto da chuva de verão; marcam nossa visão pela beleza dos raios e do arco-íris que, invariavelmente, se forma na fase sol-chuva; ficam em nosso paladar, como uma lembrança doce das gotas de mel que caem do céu.

Pois saiba você que algumas pessoas passam pelas nossas vidas como se fossem chuvas de verão. Chegam com a força de uma tempestade, mas, no dia da nossa existência, permanecem por meros 15 minutos. Essas pessoas nos causam fortes sensações, assim como uma chuva de verão. E são intensas como elas. São belas, reconfortantes, alegres, agradáveis, barulhentas e indispensáveis, assim com são as chuvas de verão. E rápido como aparecerem se vão, deixando no ar a sensação de que a qualquer momento vão voltar. Mas nunca voltam. Passam tão rápido pelas nossas vidas que deixam para trás, mais do que tristeza, uma grande melancolia.  E a certeza de que a nossa vida nunca mais vai ser a mesma. Mais do que o fato de que elas sejam breves, há que se lamentar que sejam raras: antes houvesse mais convivências assim para lavar e enxaguar as ruas da nossa existência.
                                                                                                                                      
                                                                                                                                      Ao amigo Marcelo


(texto gentilmente cedido por Sérgio Dentes)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Reflexões para o primeiro dia do ano

É natural que no primeiro dia que se inicia, muitos de nós tenhamos, sentimentos diferentes após essa primeira noite. Melancolia, euforia, tristeza, cansaço, alegria, enfim... Cada qual com seu sentimento, seu motivo, sua dor.

Muitos festejaram, outros na solidão quem sabe... E ainda aqueles que simplesmente não vivenciaram nada, dormiram e nem viram o novo ano nascer. Nas minhas reflexões lembrei de pessoas que se foram, as quais sequer imaginaram que não estariam mais aqui, neste planeta de expiações. Recordei com alegria e saudades de momentos inesquecíveis os quais passamos juntos...E tudo isso mexe com a gente e ficamos com uma porção de indagações, porque , porque e porque? Não tem respostas, só a certeza de um dia se reencontrar.

Compartilho a tradução da linda música "Dustin In The Wind" do grupo Kansas, embora escolhi o vídeo com a belíssima interpretação de Paula Fernandes. A  letra fala sobre não desperdiçarmos os minutos de nossa vida, pois nada, nada ...dura para sempre.

Que saibamos utilizar nossos minutos neste e nos próximos anos que virão, pois como diz a canção o dinheiro não poderá comprar os mesmos de volta...

Paz e Luz sempre!( In Memorian Marcelo Rocha)
Com afeto...

Poeira no Vento ( Kansas )

Eu fecho meus olhos
apenas por um momento
e o momento se foi
todos os meus sonhos
curiosamente passam diante dos meus olhos
poeira no vento
tudo o que nós somos é poeira no vento

A mesma velha música
apenas uma gota d'água
em um mar infinito
tudo o que fazemos
cai em pedaços
embora nós nos recusemos a enxergar
poeira no vento
tudo o que somos é poeira no vento

Agora, não desperdice (um minuto)
nada dura para sempre
apenas a Terra e o Céu
ele (o minuto) foge

E todo o seu dinheiro
não comprará outro minuto

Poeira no vento
tudo o que somos é poeira no vento
poeira no vento
poeira no vento
tudo isso é poeira no vento...



Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar...
"Canção da América"- Milton Nascimento