Hoje eu gostaria de falar de coisas doces, sobre a natureza,
sobre o amor, mas como falar de flores se hoje só vejo e leio coisas que me
incomodam. Não deveríamos ser tão desinteressados da realidade apenas para
sobreviver como se vivêssemos no país das maravilhas, acho que a indiferença
não deveria se tornar habitual, corriqueira e cotidiana. O fato de você não
gostar disto ou daquilo não significa que compartilhando imagens que banalizam
a violência, o preconceito e a vida seu problema será resolvido.
- Seu problema será resolvido quando cobrar dos políticos, aqueles os quais votou se é que ainda se lembra...
- Será resolvido quando participar do plano diretor de sua cidade, se é que você sabe o que é isso...
- Será resolvido quando participar da reunião de pais do seu filho na escola...
- Será resolvido quando você sair do mundo das ideias e observar o mundo ao redor e ver que a miséria existe e que a indiferença mata mais que a fome...
- Será resolvido quando você se sair da frente da tela de um computador e for pra rua de forma civilizada lutar por um mundo melhor.
- Será resolvido quando você parar de cobrar um português correto dos outros se você é incapaz de interpretar um texto ou uma mensagem subliminar e ainda sair compartilhando, disseminando ódio, rancor e valores desnecessários e
Eu ainda saio deste Facebook...
Riscos da banalização
Aceitar
que a violência possa ser banalizada e naturalizada é uma tentativa de diluir o
seu impacto, seu terror; de se evadir de seus efeitos, de não se implicar com a
existência de suas manifestações e com as possibilidades, por pequenas que
sejam, de sua transformação. “Esta banalização da violência é, talvez, um dos
aliados mais fortes de sua perpetuação”. Resignado à ideia, inculcada pela
repetição do jargão de que somos ‘instintivamente violentos’, o homem curva-se
ao destino e acaba por admitir a existência da violência, como admite a certeza
da morte. A virulência deste hábito mental é tão daninha e potente que, quem
quer que se insurja contra este preconceito, arrisca-se a ser estigmatizado de
"idealista", "otimista ingênuo" ou "bobo alegre"
Maria Laurinda Ribeiro de Souza.
http://www2.uol.com.br/percurso/main/pcs25/abanalizacaodaviolencia.htm
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