sexta-feira, 23 de maio de 2014

Banalização da Violência em Redes Sociais


Hoje eu gostaria de falar de coisas doces, sobre a natureza, sobre o amor, mas como falar de flores se hoje só vejo e leio coisas que me incomodam. Não deveríamos ser tão desinteressados da realidade apenas para sobreviver como se vivêssemos no país das maravilhas, acho que a indiferença não deveria se tornar habitual, corriqueira e cotidiana. O fato de você não gostar disto ou daquilo não significa que compartilhando imagens que banalizam a violência, o preconceito e a vida seu problema será resolvido.
  • Seu problema será resolvido quando cobrar dos políticos, aqueles os quais votou se é que ainda se lembra...
  • Será resolvido quando participar do plano diretor de sua cidade, se é que você sabe o que é isso...
  • Será resolvido quando participar da reunião de pais do seu filho na escola...
  • Será resolvido quando você sair do mundo das ideias e observar o mundo ao redor e ver que a miséria existe e que a indiferença mata mais que a fome...
  • Será resolvido quando você se sair da frente da tela de um computador e for pra rua de forma civilizada lutar por um mundo melhor.
  • Será resolvido quando você parar de cobrar um português correto dos outros se você é incapaz de interpretar um texto ou uma mensagem subliminar e ainda sair compartilhando, disseminando ódio, rancor e valores desnecessários e

Eu ainda saio deste Facebook...

Riscos da banalização
Aceitar que a violência possa ser banalizada e naturalizada é uma tentativa de diluir o seu impacto, seu terror; de se evadir de seus efeitos, de não se implicar com a existência de suas manifestações e com as possibilidades, por pequenas que sejam, de sua transformação. “Esta banalização da violência é, talvez, um dos aliados mais fortes de sua perpetuação”. Resignado à ideia, inculcada pela repetição do jargão de que somos ‘instintivamente violentos’, o homem curva-se ao destino e acaba por admitir a existência da violência, como admite a certeza da morte. A virulência deste hábito mental é tão daninha e potente que, quem quer que se insurja contra este preconceito, arrisca-se a ser estigmatizado de "idealista", "otimista ingênuo" ou "bobo alegre" Maria Laurinda Ribeiro de Souza.

http://www2.uol.com.br/percurso/main/pcs25/abanalizacaodaviolencia.htm